terça-feira, 20 de setembro de 2016

Memória Literária finalista na etapa escolar da OLP 2016



Alegrias perdidas no tempo

            Boa sorte, assim era chamada aquela pequena fazenda no interior de Pernambuco naquela época. Era uma  fazenda comum, como todas as outras mas algo havia de diferente ali, essa fazenda foi crescendo até se tornar um pequeno lugarejo chamado pelo mesmo nome da fazenda. 
            O que eu mais gostava no meu tempo de criança era o carnaval, era o momento mais esperado por mim,  todo mundo  pulando, cantando, dançando, pra todos os lados , e sem contar as comemorações realizadas na minha escola, a rua repleta de gente se banhando, as pessoas mascaradas nas ruas para assustar as crianças, enfim era tudo perfeito.
            Algo que me lembro muito foi quando começamos a enfrentar dificuldades por causa da seca, cada vez mais a água nas torneiras  diminuía, fato que estava ocorrendo pelo motivo da barragem que abastecia a cidade começar a secar, mesmo assim  as manhãs cheias de alegria continuavam, nós tínhamos uma nova diversão, como o racionamento de água já estava evoluído, nossas mães combinavam de ir para alguns lajeiros lavar as suas roupas, nós acompanhávamos elas e lá nos divertíamos muito, tomávamos banho enquanto nossas mães estavam terminando as roupas, elas colocavam as roupas para secar e quando estava tudo pronto nos avisava que já íamos embora emburrados  não queríamos ir, pela falta de água nas torneiras dizíamos que ali era como nosso paraíso.
            Tudo piorava para nós, as chuvas foram parando e nossas idas aos lajeiros diminuía cada vez mais, nossas famílias se vendo sem soluções começaram comprar as tão famosas caixas de água, para necessidades de casa e agora tudo já não é como antas.

Dandila Francisca Ferreira, 14 anos, 8º ano.

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