Alegrias perdidas no tempo
Boa
sorte, assim era chamada aquela pequena fazenda no interior de Pernambuco
naquela época. Era uma fazenda comum,
como todas as outras mas algo havia de diferente ali, essa fazenda foi
crescendo até se tornar um pequeno lugarejo chamado pelo mesmo nome da fazenda.
O
que eu mais gostava no meu tempo de criança era o carnaval, era o momento mais
esperado por mim, todo mundo pulando, cantando, dançando, pra todos os
lados , e sem contar as comemorações realizadas na minha escola, a rua repleta
de gente se banhando, as pessoas mascaradas nas ruas para assustar as crianças,
enfim era tudo perfeito.
Algo
que me lembro muito foi quando começamos a enfrentar dificuldades por causa da
seca, cada vez mais a água nas torneiras
diminuía, fato que estava ocorrendo pelo motivo da barragem que
abastecia a cidade começar a secar, mesmo assim
as manhãs cheias de alegria continuavam, nós tínhamos uma nova diversão,
como o racionamento de água já estava evoluído, nossas mães combinavam de ir
para alguns lajeiros lavar as suas roupas, nós acompanhávamos elas e lá nos
divertíamos muito, tomávamos banho enquanto nossas mães estavam terminando as roupas,
elas colocavam as roupas para secar e quando estava tudo pronto nos avisava que
já íamos embora emburrados não queríamos
ir, pela falta de água nas torneiras dizíamos que ali era como nosso paraíso.
Tudo
piorava para nós, as chuvas foram parando e nossas idas aos lajeiros diminuía
cada vez mais, nossas famílias se vendo sem soluções começaram comprar as tão
famosas caixas de água, para necessidades de casa e agora tudo já não é como
antas.
Dandila Francisca Ferreira, 14 anos, 8º ano.
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